terça-feira, 14 de junho de 2011

Remoção de vídeo da reitoria


Como vocês podem ver, o vídeo postado pela assessoria de imprensa da UFPB foi removido do Youtube. Motivo? Alguns dos meus colegas de Mídias Digitais denunciaram o mesmo por uso indevido de imagem. Onde já se viu publicar imagem alheia sem autorização e ficar por isso mesmo?
Só tenho uma coisa a dizer: essa assessoria está colaborando muito com nosso protesto, porque só tem feito besteira, o que nos favorece. Entre declarações controversas e mentiras, só nos resta esperar que o “digníssimo” reitor volte de Brasília e venha resolver essa pendenga. Mas parece que ele não está muito preocupado com isso, já que falou que não iria dar mais nenhuma declaração sobre esse assunto. Eu tenho quase certeza que ele foi fazer uma visitinha ao MEC e se justificar por todo o descaso nas obras da UFPB.


Recapitulando o CQC 3.0

Rafinha Bastos sintetizou em apenas uma frase tudo o que nós estávamos querendo dizer: “De qualquer maneira, tá em obra e não foi comprido o prazo”. Não vamos perder o foco do protesto.
Aí está, nosso vídeo teve repercussão nacional e foi defendido por pessoas de prestígio na mídia. Reitor, faça alguma coisa. Pro seu próprio bem!




Tv Cabo Branco volta ao Demid


Ontem pela manhã, a equipe de reportagem da Tv Cabo Branco, encabeçada por Bruno Sakaue, voltou à UFPB para conversar com os alunos de Mídias Digitais. Falou-se na resposta da reitoria e da nossa tréplica. As caixas onde estão guardados os IMacs ainda estão no chão do laboratório. O baldinho embaixo do ar-condicionado está sempre cheio. Rennam, estudante de MD, enfatizou que a reitoria não liberou os softwares necessários para o desenvolvimento das nossas atividades e nós temos que nos virar com programas de livre acesso.
A reportagem fecha com uma inverdade proferida pela assessoria da UFPB, poucos minutos antes de ir ao ar, afirmando que as máquinas já vieram com os softwares. Porém, por algum erro, não foi possível instalá-los.
O erro foi o seguinte: uma má administração que faz tudo nas coxas, com má vontade e que para se defender tenta usar dos mais baixos artifícios tais como a mentira. Mas a caráter de aviso: mentira tem perna curta e nós já pegamos o fio da meada.

Nosso agradecimento

Ontem, dia 13 de junho, o CQC exibiu no quadro #correndoatras o vídeo do protesto da turma de Mídias Digitais. Essa foi a última atração do programa, que terminou com as considerações de Marcelo Tas: “No Brasil inteiro está todo mundo de olho e correndo atrás”. Depois disso começou o CQC 3.0 no canal da Band na internet. Tas reforçou o assunto, enfatizando que eles receberam um vídeo da reitoria alegando que as condições dos alunos não é precária. Nesse momento, Rafinha Bastos defendeu a turma e disse que o protesto é pelo atraso na construção e não pela falta de equipamento. Então Marcelo Tas fechou dizendo que eles estão à disposição para receber respostas tanto da reitoria quanto dos alunos. É assim que funciona a democracia, não?
Nós de Mídias Digitais ficamos muito felizes em saber que pudemos ter espaço na mídia para denunciar tal irregularidade. Nosso caso foi amplamente aceito e discutido. Chegamos a conscientizar alunos de outros cursos a questionarem atrasos nas construções do Reuni. Essa é a magia da comunicação: abrir os olhos de cada um e fazer cada pessoa se levantar e lutar por seus direitos. A mídia está aí pra isso e é bom saber usá-la.
Estamos imensamente gratos a todos que nos ajudaram e divulgaram nosso protesto. Gratos e cheios de esperança em saber que nosso país tem futuro. A educação é o que vai nos respaldar e nos elevar a níveis mais altos. Só um aviso aos políticos e grandes administradores: Agora ficou mais difícil nos enganar. E faço minhas as palavras de Marcelo Tas: Nós estamos de olho e correndo atrás!


segunda-feira, 13 de junho de 2011

A atitude covarde da reitoria

Dois dias depois da repercussão estrondosa do vídeo da turma de mídias digitais, a reitoria decide se defender de forma covarde. Uma equipe do pólo multimídia, composta por três aluno de Comunicação Social, adentra o CEDESP, onde está localizada a sala e o laboratório improvisado. Eles alegaram estar fazendo um trabalho acadêmico sobre os novos cursos do Reuni. Ingênuos, os alunos de MD permitem a entrada da equipe na sala. Eu estava lá e achei estranho o fato de estarem filmando o ar-condicionado, as cadeiras, o quadro e a sala que estava quase vazia pois era intervalo. Logo pensei em voz alta: “Isso é espionagem”. Não deu outra, minutos depois, essa mesma equipe conversa com o diretor do CEDESP e consegue a chave do laboratório para filmar tudo. Detalhe: nem os próprios alunos de Mídias digitais podem entrar lá sem a autorização de algum professor e, principalmente, do coordenador.
Eu saí da sala para tomar água e percebi o tumulto perto da copa do prédio. Eram meus colegas já indignados com a situação. A equipe estava lá sem autorização nenhuma. Discutia-se o que fazer, quando eu me direcionei até o laboratório, abri a porta e perguntei para as três pessoas que estavam lá: “O professor Olavo (coordenador) está aí?”. No instante da resposta negativa, outros alunos chegaram à porta indagando os três que ali estavam. Foi tudo filmado, temos provas.
Logo em seguida, o diretor do CEDESP, se sente acuado e liga para Olavo pedindo autorização para entrar na sala. O pedido é negado e o diretor confessa que já entraram e filmaram. O coordenador, então, não autoriza as imagens. Fato que foi ignorado, pois dias depois o canal oficial da UFPB posta um vídeo totalmente camuflado, mostrando os Machintosh, o ar-condicionado e os únicos quatro headphones amontoados para parecerem muitos. Outro detalhe: nos corredores do prédio havia várias mesas de escritório, que automaticamente foram retiradas por um caminhão para que a equipe pudesse filmar. O prédio, além de lugar improvisado de aulas, serve de depósito. Mas isso não se pode documentar, né? Além disso, nas filmagens feitas pela reitoria, aparece um menor de idade que não autorizou sua imagem. Isso dá, no mínimo, um processo.
E eles “esqueceram” de mostrar: O laboratório não tem internet, os macs não tem software nenhum, pois a reitoria não liberou os que a própria Apple teria mandado, as caixas e as 30 máquinas guardadas tendo a garantia perdida por falta de espaço no laboratório, o balde que impede a água do ar-condicionado de cair nos fios soltos no chão. Apesar disso, o diretor do Reuni e desenvolvedor do Ginga, software da TV digital, ignorando os fatos, declarou que nós temos o laboratório mais bem equipado do país.
Essa atitude da reitoria foi vergonhosa. Nós de mídias digitais só estamos lutando por nosso direito de ter um prédio para nos acomodar e também aos computadores. Prédio este que já tem sua obra atrasada em mais de um ano. Sinceramente, fatos como esse impedem o Brasil de se tornar um país de primeiro mundo. Que nós temos verbas para ter a melhor educação possível, isso eu não discordo. Mas porque o dinheiro não é bem aproveitado? Até quando nós vamos pagar impostos exorbitantes que serão inutilizados? Quem responder esse enigma trará a solução para todos os problemas da nossa pátria.
Enquanto aos alunos que se sensibilizaram com o vídeo [mal]feito pela reitoria, não digam que vocês estão em situação pior e que nós estamos reclamando de barriga cheia. Juntem-se a nós e reclamem a sua parte também. Se isso é comum em toda universidade, mostrem que não é um caso isolado. É um direito de vocês. E lembrem-se que nós formamos a nossa nação. O futuro disso tudo é nosso!
Hoje nós postamos um novo vídeo em resposta a provocação da acessoria da UFPB.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Retrospectiva do curso de Mídias Digitais

Em Agosto de 2010 começou o segundo semestre letivo do ano na Universidade Federal da Paraíba. Era a vez de alunos de cursos novos terem sua chance de estudar na UFPB. Mas, infelizmente, muitas turmas estavam sem sala. Esse foi o caso da turma de Mídias, que só teve a disponibilidade provisória de duas salas, em um prédio que foi construído para treinamento de servidores, um mês antes das aulas começarem. Uma das salas seria o laboratório e a outra a sala de aula normal.
O primeiro semestre da turma de Mídias digitais foi traumático. A sala não tinha ventilador, tinha cadeiras desconfortáveis de madeira e mal comportava os sessenta alunos. A desistência foi grande, tanto que ao término do período, a turma só tinha 45 alunos. Os mais fortes resistiram e tiveram sua recompensa: um mês antes das férias começarem os ar-condicionados chegaram à sala e ao laboratório. Mas a turma ainda não tinha computadores, pois o laboratório não tinha grades para a segurança necessária. A instalação das grades, dos computadores e persianas só aconteceu cinco dias antes das férias.
O prejuízo da turma foi: algumas disciplinas em que os alunos estavam matriculados, como imagem digital e editoração, necessitavam de computadores. Os alunos tiveram que aprender tudo na teoria.
O pesadelo parecia estar acabando, quando notou-se a repentina paralisação da obra do prédio onde o curso se instalaria. Acontece que, em Agosto, o prédio não tinha nem sua base pronta, mas como o coordenador de Mídias Digitais, Olavo Mendes, pressionou a reitoria, as obras foram iniciadas. Retomando a paralisação, a empresa que ganhou a licitação para construir o Departamento de Mídias Digitais faliu. Isso acontecia pela segunda vez, desde novembro de 2009. Com nova licitação, outra construtora tocou a obra e os alunos tiveram nova esperança.
Enquanto isso, eles pagavam fotografia digital sem câmera, pois entre pedidos, leiões, envios e recebimentos, numa saga burocrática sem tamanho, as câmeras só chegaram quando o primeiro período já tinha terminado. Resultado: menos um mês de férias. Em pleno fevereiro, os estudantes tiveram que voltar às aulas na UFPB e pegar as câmeras para fazer os trabalhos referentes a nota de fotografia. Lá vinha mais um semestre e no sistema de autoserviço do portal da universidade constava reprovação por falta para todos nessa disciplina. Até que, quase três meses depois, a nota entrou e o CRE dos alunos foi retomado.
No entanto, os prejuízos não pararam por aí. Por falta de estúdio, a disciplina de áudio digital foi antecipada, sendo ministrada no lugar de áudio analógico. Os alunos pagaram áudio II antes de áudio I. Os computadores já estavam no laboratório, mas nem todos. O Demid dispunha de 60 macs, dos quais apenas 30 estavam instalados. Os outros ficaram encaixotados nesse mesmo laboratório.








Além disso, existe um vazamento de água do ar-condicionado do laboratório onde ficam os computadores. A água cai justamente no local onde há um amontoado de fios, o que representa um sério risco de curto-circuito e danificação das caras e recém-adquiridas máquinas. Os alunos tentam evitar um acidente colocando um balde para aparar a água.










Indignados com a estagnação da construção, que com o passar do tempo e dos semestres letivos não sai do lugar, os alunos do Demid se organizaram, criaram uma paródia e gravaram-na na obra parada. O vídeo foi postado no youtube e sua repercussão foi tanta que em menos de uma hora chegava ao local das aulas uma equipe de reportagem do Jornal da Paraíba. Alguns minutos depois, outra equipe, dessa vez da TV Cabo Branco, contactava os estudantes para outra reportagem. A segunda foi gravada na dita obra, no dia seguinte. Choveram tweets e retweets, indicações, compartilhamentos pelo facebook e orkut.
No momento, os alunos aguardam uma atitude do reitor que até então só tem tentado se defender alegando que o curso de Mídias digitais tem equipamentos de primeiro mundo e já está instalado em um prédio novo.
Quem tiver visão crítica verá que não adianta ter equipamentos e não ter onde colocá-los. E aos alunos resta protestar até conseguirem as condições adequadas para serem bons profissionais. Mas já podem se orgulhar de ter feito um protesto inteligente, bem humorado e pacífico que vem mobilizando políticos, apresentadores de televisão, professores e, principalmente, estudantes que todos os dias convivem com situações semelhantes a essa.